19/01/2007

Será verdade? "Os gajos do Não falam, falam e não fazem nada..."

Em 1998, quando foi convocado o primeiro referendo sobre esta matéria, não se deixou que surgisse a liberalização do aborto. Os movimentos partidários que se batem pelo Sim e outras entidades que com eles se alinham não cruzaram os braços e conseguiram que 8 anos depois se discuta precisamente a mesma proposta. Acusam-se os outros de não fazer nada pelas mulheres em condições difíceis e apenas fazer uso de demagogia.
As pessoas que hoje novamente defendem o Não não o fazem por moralismo; não baixaram os braços numa tarefa mais árdua do que disparar em todos os sentidos, mentir para conquistar votos, ou esperar que uma lei resolva tudo. A verdade é que a grande consequência do referendo de 1998 não foi a possiblidade de fazer outro em 2007, foi sim a enormíssima estrutura de apoio a:
  • mulheres grávidas que querem ter um filho e não têm condições;
  • mulheres grávidas que sofrem pressão familiar, social ou laboral para abortar;
  • mulheres grávidas que desejam abortar e não sabem onde se dirigir.
Os media não falam deles tanto quanto divulgam campanhas, quem se dedica a esta causa não vive debaixo dos holofotes que nesta altura focam os reais demagogos, mas eles existem e é preciso que se saiba. Ajudam todas as mulheres com gravidezes inesperadas, quer pretendam ter o filho ou abortar:

  • «Ponto de Apoio à Vida»:
    Uma associação para ajudar as mulheres que pensam abortar (fund.1998)

  • Associação Vida Norte:
    Desd
    e a sua constituição, em 1998, a Associação tem promovido diversas iniciativas de apoio a mulheres e jovens adolescentes, muito em especial, àquelas que se encontram numa situação normalmente denominada de gravidez de risco ou gravidez não desejada.

    Actua com dois tipos essenciais de apoio:
    - apoio imediato, que consiste essencialmente na disponibilização rápida de ajudas nos diversos aspectos necessários no curto prazo: apoio psicológico, médico (essencialmente ginecológico), jurídico, laboral, etc;
    - apoio preventivo, que consiste no desenvolvimento de um conjunto diverso e integrado de a
    cções de formação dirigidas às famílias, a grupos de adolescentes, às associações de Pais (nas escolas), aos professores, aos grupos com dificuldades de inserção social e profissional, etc. As áreas especialmente focadas nestas acções de formação são a educação, as relações educadores/educandos e a sexualidade.

  • VINHA DE RAQUEL

    A Síndroma Pós-Aborto afecta uma percentagem elevada das mulheres que a ele se sujeitam. Os seus efeitos são devastadores: depressão, tentativas de suicídio, ansiedade, pânico, pesadelos etc. O “Projecto Raquel” acompanha individualmente mulheres afectadas por essa síndroma. Tem uma equipe de psicólogos e psiquiatras que realizam essa tarefa.

  • SURPREENDA-SE COM UMA ESTRUTURA com 25 (vinte e cinco) importantes casos de sucesso, muitos criados em 1998, que incluem os seguintes cuidados:

    • casas de acolhimento para mulheres grávidas em necessidade económica ou social;
    • serviços para jovens e adolescentes (grávidas ou não) com necessidades de informação;
    • apoio a crianças e mães vítimas de maus tratos, ou pressões para realizar abortos;
    • cuidados gratuitos de obstetrícia, ginecologia, pediatria e aconselhamento psíquico e jurídico;
    • apoio médico e humano à solidão, ao desespero e ao abandono;
    • centros especializados para simplesmente ouvir as mulheres;
    • ajuda na gravidez, sexualidade, planeamento familiar e cuidados materno-infantis;
    • apoio à reinserção social e profissional das mulheres grávidas e puérperas.
Muitas mais existem, TODOS OS DIAS a trabalhar nesta causa, estou à inteira disposição para vos dar a conhecer outras. Se tivessemos já uma lei como a que o Sim significa, estas mulheres nunca teriam passado pelas mãos de quem realmente se preocupa com elas e as ajuda na busca de soluções verdadeiras. Teriam ido directas para clínicas privadas, realizar um aborto, nas mãos de quem seguramente as olha como mais uma desgraçada... Um Não dia 11 é mesmo muito importante.

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