08/02/2007

Pérolas da campanha e não só (actualizado regularmente)

  • A legalização do aborto livre - diferente de justificação ou desculpabilização de casos concretos - é passagem de uma fronteira decisiva, representando um retrocesso civilizacional que permite - como outrora na lei da selva - o domínio dos fortes sobre os fracos, dos que já estão na vida sobre os que vêm depois. Essa não é a sociedade humana que sempre idealizei.
    (António Sousa Franco, a propósito do referendo de 1998)

  • O aborto clandestino existe - é urgente mudar a lei.
    (Comité central do PCP)

  • Um “não” dito com convicção é melhor e mais importante que um “sim” dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.
    (Gandhi)

  • A maternidade e a paternidade são projectos de transcendente importância afectiva e social para as mulheres e para os homens. Por isso, só podem ser projectos totalmente queridos. Uma gravidez indesejada não é um projecto, é uma pena.
    (José Manuel Pureza, Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim)


  • Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida!”
    (Victor Hugo, 1876)


  • Todas as mulheres têm direito à interrupção voluntária de gravidez, ou seja, à contracepção.
    (Arlette Laguiller - uma das principais defensoras internacionais da liberalização do aborto)

  • Um ovo não é igual a um pinto, um ovo não tem os mesmos direitos do que um frango.
    (José Pinto Ribeiro – presidente do Fórum Justiça e Liberdade numa sessão do Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim)

  • O «Sim» é à partida um campo em «perda», com – digamos – um défice: precisa de pensar, argumentar, explicar, convencer, distrinçar, contextualizar. Em suma, vê-se obrigado a um trabalho extra de inteligência e racionalidade.
    (Miguel Vale de Almeida, antropólogo e mandatário do Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo SIM)

  • Os defensores da actual Lei (...), incapazes de admitir preto no branco que defendem a prisão das mulheres, que se resignaram e não se incomodam com o aborto clandestino, jogam com as palavras e com mentiras. (...) E não nos perguntem mais pelas dez semanas e um dia.
    (Helena Pinto, deputada do Bloco de Esquerda)

  • Não mates nem estragues, porque, como não sabes o que é a vida, excepto que é um mistério, não sabes o que fazes matando ou estragando, nem que forças desencadeias sobre ti mesmo se estragares ou matares.
    (Fernando Pessoa)

  • Nunca lhe ocorreu que às vezes há quem vá para a cama com os copos?
    (António Figueira, em defesa do Sim, a propósito da questão das gravidezes indesejadas acidentais)

  • Confesso: não estou nada optimista quanto ao referendo sobre a IVG. Não acredito neste povo inculto, analfabeto e hipócrita. Não confio nos portugueses; acho-os demissionistas, conformados, pior, mesquinhos e ignorantes.
    (André Carapinha, apoiante do sim, sobre o que pode correr mal)

  • Na barriga da mulher grávida não está nenhuma criança. Ela está na tua cabeça. Ou na cabeça da mãe. Se está na cabeça da mãe, ela está na barriga, existe mesmo de verdade, merece todo o amor e protecção. Mas se só está na tua cabeça, e não na dela, não está na barriga da mãe. É verdade, o que temos na nossa cabeça existe mesmo, é real. Mas não tens o direito de plantar as criaturas da tua cabeça na barriga duma mulher sem o seu consentimento.
    (João Sedas Nunes, do blogue sim-referendo)

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